sábado, 3 de março de 2007

Março: Mês do Teatro


Actividades do Artimanha neste mês de Março: Continuação dos ensaios do "Mundo Boneco", alguns ensaios de "As Guitarras de Alcacer Quibir", presença na Assembleia Geral da Anta em Taveiro (4 de Março), representação de "As Guitarras de Alcacer Quibir" (Dia 9 de Março, 21h30m, Cine Teatro S.João em Palmela.

É neste mês que começa a nossa programação "Artimanha Convida", sessões de teatro com grupos convidados.

Dia 17 de Março, 21h30m, Auditório da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo peça "CANCRO" (imagem acima).
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Dia 24 de Março, 21h30m, Auditório Municipal de Pinhal Novo
Numa adaptação e encenação de Manuel Ramos Costa, do texto “Hotel Sarilhos”, o Teatro Experimental de Mortágua leva à cena o seu novo trabalho que tem como título “O BROCHE”, uma comédia em dois actos e com uma duração de 80 minutos.Venha ao teatro e divirta-se com uma comédia ligeira muito ao gosto popular, com o objectivo muito claro de divertir, e como qualquer outra comédia também esta decorre de alguns equívocos e busca nos trocadilhos os picos da sua graça, à medida que a sua história avança de surpresa em surpresa.Toni Nobre é o Batista (recepcionista do Hotel), a Rosa (criada) é a Inês Matos, Anabela Jorge desempenha a figura de Viscondessa, as suas filhas Cristina e Anabela são o Micael e o Simão, o Décio Rosa faz o “azeiteiro abastado” de seu nome Epaminondas, Hugo Melo é o Pedro Magriço o “escritor de meia tigela”, São Garcia é a Verónica “a destruidora de corações”, o “dono do Hotel Sarilhos” – Vicente Cabral é desempenhado pelo José Carlos, e a filha de Vicente Cabral – Patrícia é a Patrícia Gomes, e finalmente o Gatuno (também falso Padre e Detective) é o Renato Fernandes. A luz e o som estarão a cargo do António João.
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Curiosidade: Está por dias a chegada do texto de uma peça representada em Pinhal Novo pelo grupo existente na altura dos anos 30. Veremos se será uma das próximas produções do Artimanha. Um dos nossos actuais elementos (Bruno Gomes) é familiar de um membro desse grupo (de 1932?).

2 comentários:

Anónimo disse...

deviam fazer e inovar ainda mais o teatro... e não só este mês mas todos..
abraço

Anónimo disse...

ompanheiros
Saúdo-vos com aum abraço companheiro



Mensagem do Dia do Teatro Associativo - 20 de Março de 2007


Passados 10 anos (1997) sobre a Primeira Mensagem do Dia do Teatro Associativo, e da divulgação do seu Manifesto, que o AMASPORTO instituiu junto dos Amadores das Associações, cabe ao seu autor ser o mensageiro, (no ano em que o mensagem do Dia Internacional do Teatro, é escrita pelo Sultão Bin Mohammede Al Qasmi - Ministro do Emirato Dubai - país, que muito deve à democracia)

Apesar de 10 anos, e como diz a cantiga “... é muito tempo”, é meu entendimento, que no Teatro, “é pouco tempo”, por isso, a necessidade de continuarmos a lembrar, que o “nosso” Teatro deve ser, na continuidade revitalizado, e os Amadores, seus praticantes, alertados para o conhecimento e para o importância da
RESPONSABILIDADE DE SER AMADOR DE TEATRO.
Quando no Manifesto, digo:
« ... o Teatro de Amadores das Associações tem de facto um “papel principal” no desenvolvimento cultural dos locais e regiões onde está inserido.» e »tal como no ensino básico, o Teatro Associativo é uma “escola” necessária no desenvolvimento social...»
Quero dizer, que nos devemos orgulhar, da Grande Região do Teatro, que é, a dos Amadores das Associações, sobretudo, se atendermos à importância que o Movimento Associativo tem na sociedade, através das suas actividades.
Daí, que devemos, TODOS E CADA UM, com a dignidade que o Teatro nos merece, ser em cada ensaio, em cada espectáculo, todos os dias, um artista em dia de festa, relançando o significado que tem o “nosso” Teatro, mesmo muito antes de se falar na “reforma artística”, e por isso, ser prioritário, saber o que significa, a RESPONSABILIDADE DE SER AMADOR DE TEATRO.

A criatividade, o espírito de sacrifício, a solidariedade, quando aliados a uma saudável aprendizagem associativa, são verdadeiramente, bases socioculturais importantes que o Teatro coloca à disposição da sociedade, substituindo em grande medida o “papel principal” dos governantes.
Então, chegados a este conhecimento, sabemos que, com a nossa “mão de obra barata” colocamos à disposição da grande maioria da população, o nosso trabalho técnico/artístico, e que prestamos um serviço sociocultural à sociedade.

Companheiros
Não é pelo facto de sermos compulsivamente AMANTES apaixonados do TEATRO, que a nossa paixão é CEGA. Hoje, cada vez menos interessa “vestir a camisola”, e cada vez mais é necessário, saber suar a camisola do “nosso” Teatro.
Todos sabemos, e muito bem, o que temos feito, mas, o que muitos, não sabem, é o significado da RESPONSABILIDADE DE SER AMADOR DE TEATRO.

A tarefa não é fácil, pois infelizmente, ainda há muito boa gente, que julga que o Teatro, nas Associações, é uma actividade de recreio, ou de lazer, e pior, é quando pensam que pelo facto de ser AMADOR, é desculpa!
E mais, não se importam nada de ouvirem dizer: “Para amadores não está mal”!
E até considerem um elogio.
É urgente dizer, a quem assim pensa, o que significa a RESPONSABILIDADE DE SER AMADOR DE TEATRO.

Companheiros
Não é minha intenção” meter o nariz no pó do palco dos outros”, mas é meu entendimento, que é prioritário, alterar esta forma de estar e pensar, o Teatro de Amadores.
Todos nós recebemos muitas manifestações de apreço, de Organismos, Instituições e Personalidades, que nos dizem, que estamos no caminho certo, e que o serviço que prestamos e colocamos à disposição da população, é uma Mais Valia Sociocultural, Associativa e Artística, mas, apesar de todos estes incentivos, temos que, peça a peça, ano após ano, melhorar o nosso trabalho, para que não considerem os nosso pedidos de apoio, uma exigência, mas sim uma pretensão que nos assiste, quando queremos melhorar as condições do nosso trabalho e servir com mais qualidade as populações.

Também sabemos e temos disso consciência, que a pretensão que temos para com o “nosso” Teatro, só é possível com o apoio indispensável de parceiros interessados no crescer cultural da nossa terra.
E quando digo “crescer”, refiro-me particularmente ao crescimento cultural das crianças, dos jovens, e por que não, dos adultos.
E assim, será muito mais possível, acreditar num futuro melhor.
Num futuro, onde hajam mulheres e homens com motivação para investirem, não só no seu crescimento social, e na sua qualidade de vida cultural, mas também, contribuir para o desenvolvimento do local onde estão inseridos.
Mas para isso, não chegam só as boas vontades, o voluntariado, ou até, ter gente com mais ou menos capacidades técnicas artísticas, pois sabemos, que cada vez mais, a tecnologia é indispensável nos meios de produção.
Hoje, mais do que nunca, a utilização de meios técnicos, faz parte da formação e do trabalho de cada um. Hoje, a qualidade de vida, tem que passar pela utilização das novas tecnologias.

Cabe, por isso, aos agentes culturais, aos patrocinadores, às Juntas de Freguesia, às Autarquias, (já que o Governo Central não aceite pedidos de apoios dos Amadores de
Teatro) um maior esforço nos apoios, e na contribuição para o crescimento do Teatro de Amadores.

Enquanto isso não for possível, com mais ou menos dificuldades, continuaremos, como até aqui, com as “portas abertas”, com a “ mão de obra barata ”, e a LEVAR O TEATRO À PORTA DOS FREGUESES.
Valha-nos, a muita paixão que sentimos pelo Teatro, valha - nos a muita preseverança que temos em querer melhorar a vida cultural do País Que Somos, que aliadas a alguns apoios públicos, e à solidariedade de personalidades e organismos, que acreditam no trabalho dos Amadores de Teatro, que vai sendo possível, levar por diante esta maravilhosa tarefa artística e sociocultural , chamada TEATRO.
Valha-nos isso.
Mas, não nos devemos esquecer o quanto é importante saber o que é a RESPONSABILIDADE DE SER AMADOR DE TEATRO, porque o Teatro de Amadores das Associações, é de facto, e sem demagogias, uma Grande Escola de Humanização, para a Vida Social, Cultural e Associativa.

Viva o Teatro de Amadores das Associações.

Alfredo Correia
Actor/Encenador